Caros Colegas,
Como candidato a presidente da ABP para o triênio 2007 – 2010, gostaria de compartilhar as motivações, competências e planos de gestão, que me habilitam, e à minha chapa, a comandar nossa associação. Nos próximos dias, este blog vai abordar essas diversas questões. Espero que as informações sejam esclarecedoras.
Também estamos abertos a questionamentos, que os colegas podem fazer por meio das ferramentas (comentários e e-mail) deste blog.
Um abraço,
João Alberto Carvalho
MotivaçõesMinha motivação para ser presidente da ABP é enorme. Chego a este pleito com maturidade administrativa e associativa. Minha história profissional foi, não intencionalmente, uma intensa preparação para este momento. Ser presidente no triênio 2007 – 2010 é totalmente coerente com minha atuação nos últimos 35 anos.
Em 1973 já participava do diretório acadêmico na Universidade Federal de Pernambuco em época de grande ebulição política. Desde a juventude estou comprometido com os interesses das categorias às quais pertenço: naquela época os estudantes e agora os psiquiatras e os médicos em geral, além dos interesses dos pacientes sob nossa responsabilidade. Sempre estive na linha de frente sem me intimidar com as dificuldades.
E toda minha participação no movimento estudantil não prejudicou uma excelente formação acadêmica, como podem conferir no currículo ao lado.
Fui diretor da Associações Pernambucana e Nacional dos Médicos Residentes e já nesta época tive o prazer de trabalhar com Willian Dunningham (ex-presidente da ABP).
Sou um dos fundadores da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria, que substituiu o Departamento de Psiquiatria da Sociedade de Medicina de Pernambuco. Nessa entidade fui diretor por duas gestões e presidente em uma, esta coincidente com a de Othon Bastos à frente da ABP. Fui membro do Conselho Regional de Medicina durante quase 10 anos. Ocupei a diretoria (como secretário) da Sociedade de Medicina de PE, hoje Associação Médica de Pernambuco, por duas gestões.
Na ABP ocupei o cargo de secretário regional do Nordeste, fui tesoureiro-geral, secretário-geral e vice-presidente. Sou familiarizado, portanto, com a luta pelos direitos dos psiquiatras, médicos e pacientes.
Também nos últimos anos a ABP consolidou um grau de maturidade e de representatividade inéditos. É preciso continuar esse trabalho e realizar os grandes projetos de que a ABP se tornou capaz. Considero que a Chapa Unidade, Ação e Ética, formada por colegas de comprovada capacidade administrativa e por novas lideranças, é a mais indicada para isso.
Principais contribuiçõesComo secretário regional do Nordeste participei ativamente do esforço para dinamizar as federadas da região. Ao lado do então presidente Rogério Aguiar, estimulei o fortalecimento dessas regionais, que adquiriram maior capacidade para defender seus interesses e oferecer benefícios aos seus associados.
Como tesoureiro-geral, ao lado de Miguel Jorge, atuei para consolidar o Congresso Brasileiro de Psiquiatria, que atingiu a importância atual, como o 3º maior evento de psiquiatria do mundo.
Como secretário-geral na gestão de Marco Antônio Brasil, criamos o Fórum de Federadas, ampliando a representatividade das regionais, aproximando as demandas locais das decisões nacionais e, principalmente, estabelecendo um instrumento que se tornou símbolo da orientação democrática na gestão da ABP.
Também sugeri os Fóruns Regionais e participei do desenvolvimento do ABP Comunidade, hoje uma das mais importantes iniciativas da associação. Além disso, integrei diversas comissões, entre elas a Comissão Organizadora do CBP.
Ao lado do presidente Josimar França, como vice-presidente, participei do planejamento do projeto Psiquiatria para uma Vida Melhor, estive envolvido diretamente na modernização da comunicação institucional e estimulei nossa participação na mídia nacional. Esforcei-me para valorizar as Jornadas Regionais, participei da Comissão que desenvolveu as Diretrizes para um Modelo de Assistência Integral em Saúde Mental no Brasil, indicado por Josimar e ao lado dele.
Também fui coordenador dos Departamentos da ABP, onde obtivemos avanços significativos. Estimulei as pesquisas e, como é de meu feitio, respeitei a identidade científica de cada grupo que compõe a ABP. Por fim, neste último triênio participei de uma administração séria, que criou subsídios para propostas políticas e manteve um posicionamento firme, alinhado com as Diretrizes para um Modelo de Assistência Integral em Saúde Mental no Brasil.
Composição da chapaGestão 2007 – 2010 - UNIDADE, AÇÃO E ÉTICA
Diretoria Executiva
Presidente: João Alberto Carvalho
Vice-Presidente: Luiz Alberto Hetem
Secretário: Paulo Zimmermann
2º Secretário: Rosa Garcia
Tesoureiro: João Carlos Dias
2º Tesoureiro: Hélio Lauar
Nossa chapa é composta por pessoas já com experiência administrativa na ABP e por novas lideranças que vão trazer diversidade de pontos de vista. Esta é a receita mais adequada no momento. Assim, cuidaremos para que os avanços não sejam interrompidos e, ao mesmo tempo, sejam complementados e enriquecidos com novas idéias e competências.
Reunimos uma chapa representativa do território nacional. Todos possuem experiência de ensino em psiquiatria, exercem a clínica psiquiátrica e possuem vivência política na vida associativa. Estão todos comprometidos com os interesses da ABP, do psiquiatra brasileiro e não com interesses específicos de grupos locais com ambições meramente pessoais.
Nosso grupo tem recebido manifestações de apoio de todos os lugares e das mais diversas áreas de atuação do médico psiquiatra.
Política de saúde mental
Tenho sérias divergências em relação à forma como está sendo conduzida a política de saúde mental pelo Ministério da Saúde, principalmente em relação ao tratamento dispensado aos psiquiatras. Minha posição em relação a isso é simples: temos impressas soluções para a maior parte das questões. Trata-se do documento “Diretrizes para um Modelo de Assistência Integral em Saúde Mental no Brasil”. Como presidente vou atuar obstinadamente para que suas orientações sejam implementadas.
Nesse sentido, também sempre que houver necessidade e em concordância com as instâncias democráticas da ABP, vamos aperfeiçoar o documento de acordo com as necessidades dos psiquiatras. Por fim, devemos ampliar as parceiras com a AMB, CFM e Fenam e estimular as frentes estaduais para acompanhamento em parceria com os CRMs de cada região.
João Alberto Carvalho