Caros Colegas,
Nos últimos dias, foi perguntado se o sistema eleitoral da Associação Brasileira de Psiquiatria atende às atuais necessidades e desejos dos associados. Esta é uma questão legítima e, já adianto, entrará em pauta no triênio 2007-2010 sob a administração da chapa Unidade, Ação e Ética, se determinado por nossa AGD ou solicitado por nossas federadas, segundo nosso regimento. Mudanças institucionais não podem ser feitas através de “slogans” eleitorais, sem prévia discussão e contextualização.
Este debate, saudável e, nos parece, necessário no momento é uma coisa. Outra bem diferente são ataques em relação a como a sucessão das diretorias vem sendo feita até hoje.
A ABP tem um sistema democrático sim. Colocar isso em dúvida agride as Federadas (e, portanto, os associados) e ofende todos os colegas, além de levantar suspeita sobre a legitimidade, dos que já exerceram, ou exercem, algum cargo na associação, de delegados a membros da diretoria executiva, secretários regionais, coordenadores de comissões cientificas e outras, membros dos conselhos fiscais, etc, construindo, nos últimos 41 anos, a representatividade e a importância experimentadas pela ABP atualmente. Também devemos afirmar que se observássemos vícios no sistema eleitoral, não participaríamos da disputa. Seria uma brutal incoerência, portanto, postular cargos através de um processo definido pelo candidato como pouco democrático e questionável.
O sistema federativo tem razões históricas que justificam sua existência. Não se pode, do dia para a noite, questionar a representação dos delegados como se estes tivessem chegado ao cargo por meios antiéticos ou autoritários. Seu voto é tão legítimo e democrático quanto o direto. No mais, a eleição desta maneira é uma demonstração do prestígio que as Federadas merecem, e vão continuar merecendo, junto à direção da ABP e também cumpre as determinações do Estatuto da associação.
Ataques neste momento ao direito dos delegados em eleger a diretoria da ABP nada mais são que tentativas de atribular um processo que sempre ofereceu resultados positivos para a associação e para os associados. É, claramente, uma chicana irresponsável e, sem dúvida, oportunista, em nada comprometida com o futuro da nossa profissão e dos nossos pacientes.
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