sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Mulheres

Abaixo uma mensagem da colega Blandina Belle Vieira, de Florianópolis.

Unidade, Ação e Ética


Mulheres


Com todo respeito e admiração ao homens, a quem agradeço todos ensinamentos que me proporcionaram e parceria que sempre me concederam, dirijo-me às mulheres, colegas psiquiatras.

Gostaria de reportar-me ao último Congresso Brasileiro, ocorrido em Curitiba- PR, no ano passado. Durante a AGD, tivemos oportunidade de convidar todas as delegadas presentes para uma discussão, que considero histórica. Apesar de não termos levado adiante nossa intenção de nos organizar, e assim, nenhuma de nós representar o movimento feminino, se assim podemos denominá-lo, julgo oportuno me dirigir às colegas para relatar o ocorrido.

Nos reunimos para pensar nossa condição associativa. Apesar de constituirmos um número altamente expressivo de associados, pois representamos 39,04%, nunca galgamos cargos representativos na nossa Associação máxima. Já chegamos a Presidentes de Federadas, Secretárias Regionais, uma ou outra assumiu algum cargo periférico na ABP, mas parece que nenhuma se autorizou a ascender mais.

Longe de adotarmos uma postura de vítimas da tirania masculina, que realmente não nos cabe, questionamos tal realidade. Teria algo a ver com nossa identidade com o poder? Não cremos em nossa própria capacidade e por isso não votamos em nós? Preferimos agir nas sombras? Houve época em que não confiávamos em mulheres médicas,essa realidade felizmente transformou-se,se constituindo hoje, em diferencial positivo.

Na ocasião, marcamos uma reunião com o João Alberto, que prontamente nos recebeu, para debatermos seu posicionamento a respeito da representatividade feminina junto á ABP. As que estiveram presentes, e apenas não nomino, pois posso omitir algum nome e seria imperdoável, testemunharam seu posicionamento a essa realidade.

João Alberto, por formação pessoal, sempre pautou suas escolhas pela capacidade laborativa, dedicação e conduta ética, sem discriminar por quaisquer motivo, e sem adotar uma atitude protetora, o que caracterizaria uma discriminação às avessas. Em nenhum momento, adotou atitude eleitoreira de barganha, nem ofereceu cargos para obter apoio do eleitorado feminino.
Apenas e tão somente, com a transparência que lhe é peculiar, reforçou seu posicionamento de respeito as mulheres e abertura para parcerias de trabalho, sem atitudes discriminatórias.

Saímos da reunião com o consenso de que o apoiaríamos, incondicionalmente. Por isso dirijo-me a todas Mulheres Delegadas, solicitando seu apoio à candidatura do João Alberto, e incentivando a todas as colegas psiquiatras para que unidas, possamos nos acreditar.

Até Porto Alegre,

Blandina

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